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Homenagem a Artur da Távola
Artigo de Benedita Azevedo

Artur da Távola, nosso mais ilustre participante do Portal CEN, nos deixou órfãos de sua bondosa tranquilidade. Sua notória ética o tornava uma figura singular na política brasileira. Seu talento literário sempre despertou a minha admiração e respeito. Só o conheci, pesoalmente, no II Encontro do Portal CEN, no Forte de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. Conversei com ele por alguns minutos e lhe ofereci meus livros.

Após a sua palestra no evento, no dia 09 de junho de 2006, na abertura do encontro que se estenderia até o dia 11, foi envolvido por escritores presentes que o queriam abraçar. Embora parecesse que se estava interrompendo a programação do dia, foi o ponto alto do encontro, onde os participantes tiveram a oportunidade de registrar em fotografias a admiração que tinham por tão ilustre confrade.

A origem do pseudônimo que adotava é nobre, como nobres eram as suas convicções literárias, políticas e religiosas.

“O Rei Arthur é uma figura da história inglesa que, de acordo com histórias medievais e romances, comandou a defesa britânica contra os invasores saxões no início do século VI. Os detalhes da história de Arthur são compostos principalmente pelo folclore e pela literatura, e sua existência histórica é debatida e contestada por historiadores modernos. A escassez de antecedentes históricos de Arthur é retratada por diversas fontes.  

Os Cavaleiros da Távola Redonda foram os homens premiados com a mais alta ordem da Cavalaria, na corte do Rei Artur, no Ciclo Arturiano. A Távola Redonda, espécie de mesa, ao redor da qual eles se reuniam. Foi criada com este formato, para que não tivesse cabeceira, representando a igualdade de todos os seus membros”.

“Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsonh Monteiro de Barros (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 - Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008). Advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político brasileiro.

Político de1960 a 2003, exerceu  as funções parlamentares como deputado e senador.   Exilado na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do PSDB e o líder da bancada tucana na assembléia constituinte de 1988,

Defendeu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. Concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Foi também secretário da Cultura na cidade do Rio.

Redator e editor em diversas revistas, colunista de televisão nos jornais Última Hora, O Globo e O Dia, sendo também diretor da Rádio Roquete Pinto. Foi apresentador de um programa de música erudita na TV Senado.

Sua última atividade foi como apresentador do programa: Quem tem medo de música clássica?,  TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, ele marcou seus telespectadores com uma de suas mais célebres frases: “Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão.” Seu compositor preferido era Vivaldi, a quem dedicou quatro programas especiais. Publicou ao todo 23 livros de contos e crônicas". (Wikipédia).

A lacuna deixada pela sua partida deixou-nos carentes de sua presença tão nobre e que enobrecia o nosso portal CEN. Numa postura que só a simplicidade dos sábios é capaz de apregoar chamava nosso presidente, Carlos Leite Ribeiro, de REI CARLOS.

Após um ano da sua partida, continua presente em nossos corações carentes de seu afeto, de sua sabedoria. Esperamos que sua Obra Literária tenha o reconhecimento que merece.

Rio de Janeiro, 05 / 05; 2009
Benedita Silva de Azevedo


Benedita Azevedo
Enviado por Benedita Azevedo em 27/06/2009
Alterado em 16/07/2013


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