O Carnaval
Sob o efeito da bateria bem ao meu lado
E animação dos foliões no Sambódromo Fico a imaginar qual o gênio criador De tão contagiante euforia? Sei que surgiu das cantorias e danças Em volta de fogueiras egípcias. Disfarçados de máscaras os Foliões de todas as classes sociais se divertiam. E foi para comemorar a fertilidade e produtividade do solo, que Pisistrato oficializou o culto a Dionísio nas festas agrárias da Grécia. Com efeito de uma válvula de escape, espalhou-se pela Grécia e Roma, amenizando a divisão social em classes, no Carnaval todos se divertiam homens e mulheres bebiam. Em Veneza surgem os desfiles de fantasia e com máscaras todos se misturavam, em carros alegóricos mostravam euforia, e a idéia espalhou-se pelo mundo inteiro. A igreja sem poder proibir a festa pagã, no Concílio de Trento o reconheceu como manifestação popular de rua, e o inseriu no calendário Gregoriano criando entre o pagão e o cristão um aceiro. Estabeleceu a data móvel da festa, para não coincidir com a páscoa católica que também, não poderia ser fixada, para não coincidir com a páscoa dos judeus. Por isso, o domingo de Carnaval é sempre o sétimo antes da Páscoa. E quando chegou ao Brasil, junto com os portugueses vindos da Madeira, Açores e Cabo Verde, era apenas um entrudo, surpreendendo as pessoas com banhos de água e lama. A festa foi evoluindo e em mil oitocentos e quarenta surgiram os animados bailes carnavalescos, e quinze anos mais tarde, os primeiros grandes clubes. E no alvorecer do século vinte, Aqui no, Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, cordões e blocos desfilavam pela cidade durante o Carnaval, e a “DEIXA FALAR”, primeira escola de Samba, surgiu no ESTÁCIO. Com o tempo foram surgindo outras escolas. E hoje esse ritmo contagiante, essa alegria do povo, Assim como na Grécia, misturam todas as classes, Transformando a dança ao redor das fogueiras egípcias Neste desfile monumental das Escolas de Samba Nesta fabulosa festa universal do Carnaval carioca. Praia do Anil, 10 de fevereiro de 2009 Benedita Azevedo
Benedita Azevedo
Enviado por Benedita Azevedo em 11/02/2009
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