RIO ITAPECURU
Meu rio Itapecuru Eu de ti sempre me lembro Sentindo muitas saudades Em cada mês de setembro. Nesta época estás vazio Com tuas águas ondulantes Onde eu costumava sempre Tomar banhos extravagantes. Às vezes passava a tarde Todinha a brincar contigo, E quando chegava em casa Pegava um grande castigo. Dizia a minha mãe Que tu eras perigoso, E não queria saber De amigo tão desastroso. Algumas vezes sabia-se Havia morrido alguém, E ela coitada, temia, Que eu me afogasse também. Mas tu eras meu amigo! De ti eu não tinha medo, Nas tuas águas cristalinas Nunca encontrei segredo. Certo dia, você sabe, Precisamos nos separar, Eu vim para São Luís Pois precisava estudar. Não entristece, meu rio! Na minha pobre memória Gravei os dias felizes Quando em ti ia nadar. São Luís – MA,10/09/1966 Benedita Azevedo
Benedita Azevedo
Enviado por Benedita Azevedo em 07/01/2007
Alterado em 03/03/2014 |